Há 60 anos, a máquina de escrever “para as exigências modernas” era esta Olivetti, representada em Lisboa por um “estabelecimento” cujo nome, hoje, seria pelo menos infeliz: “Sida, lda”...
No Almanaque “Serões”, de 1949, onde encontrei o anúncio, conta-se a história da invenção da máquina de escrever, atribuída ao francês Pierre Foucault - que “crente na inegável utilidade da sua descoberta”, ofereceu um exemplar a Napoleão III. O chenceler da Corte terá respondido à oferta com uma carta em que aconselhava o inventor “a empregar o seu espírito fértil e engenhoso em ideias práticas e realizáveis”.
Foucault abandonou o seu invento, que veio por fim a ser registado nos Estados Unidos da América, em 1873, por Cristóvão Latham Sholes.
(... Da memória sonora mais viva que tenho do meu pai, e dos meus primeiros dias de jornalismo, é justamente do barulho das teclas noite dentro, no primeiro andar do Campo Grande...)