O anuncio vale mais pelas imagens do que pelo design – mas são extraordinárias estas fotografias dos anos 50. Em cima, a estação de serviço de Cascais, em baixo a de Sobral de Monte Agraço. Vale a pena reparar nos automóveis, nas pessoas, na arquitectura feliz da bomba de Cascais...
Não sou deste tempo, mas às vezes gostava de ter sido. Olho estas imagens e vejo nelas qualidade de vida, tempo de vida, tempo...
Esta fotografia foi tirada por mim, em 1984, na Festa em Homenagem ao Divino Espírito Santo, no Penedo, aldeia da Serra de Sintra onde passei Verões, fins-de-semana e férias de todo o género nos primeiros 25 anos da minha existência.
A “Festa do Boi”, como lhe chamávamos, tinha o seu “hot spot” na corrida à corda de um touro pelas ruas da aldeia, com alguns ferimentos de caminho, um ou outro automóvel amachucado, e um final infeliz: o animal era morto na praça pública e cozinhado para um (público) bodo aos pobres. Além disso, o costume em festas de aldeia: bailes, entrecosto, frangos assados, rifas e as bebedeiras sagradas. Eu adorava aqueles dias...
A Festa faz parte da minha infância e juventude, como tudo o que se vivia no Penedo. Aqui há dias passei por lá, como faço com alguma regularidade, para conferir que tudo mudou (para que provavelmente tenha ficado na mesma...). Encontrei o Luís, que me deu a notícia: este ano volta a haver Festa do Boi, o que não sucede há alguns anos. De 9 a 13 de Junho, no Penedo. Estou com vontade de lá voltar...