No âmbito dos 75 anos da criação do livro de bolso da Penguin, está nas livrarias uma caixa com uma colecção de 100 das suas mais exemplares capas - e se é notável o design desenvolvido pela marca...
Já disse que de vez em quando trago aqui mais uma para juntar à molhada - desta vez é mesmo uma capa do recentemente desaparecido J.D. Salinger... "Uma Agulha no Palheiro", também traduzido como "À espera no centeio"...
Esta imagem tem 10 anos - é de Março de 2000, e o que se vê são alunos da Escola João de Deus de Alvalade na assistência do programa da TVI "Batatoon". Nesse tempo, este era um dos carros-chefe das tardes da TVI. Comandado pelo clássico Batatinha, teve direito a revista com nome próprio e tudo. Dez anos depois, basta pensar neste Batatoon e nos programas infantis dos tempos que correm para se ver o que mudou. Como mudou.
Já agora: a criança que está em primeiro plano é o meu filho, claro, com 4 anos...
Em 1935 Allen Lane viajava de comboio para Londres e, na estação de origem, quis comprar um livro para ler na viagem. Percebeu que todos os “peparbacks” disponíveis no quiosque eram de péssima qualidade. Desapontado, decidiu criar a Penguin Books – seguindo uma frase notável: “o bom design não é mais caro do que o mau design”.
Assim nasceu um dos ícones do universo dos livros – e estas capas de simplicidade desarmante e inequívoco bom gosto. Este ano, a editora decidiu publicar uma caixa com 100 postais que reproduzem capas famosas da Penguin. Foi lá que fui ler a história de Allen Lane – e é seguro que, de vez em quando, uma dessas capas de sempre vai aparecer por aqui...