“Isto tem dono! Sou eu, Pedro Rolo Duarte, 1º C, nº 20” – e assim está escrito à mão, em letras grandes, na folha de abertura do álbum que reúne as primeiras 26 edições da Tintin, “a revista dos jovens dos 7 aos 77 anos”. Quando comecei a lê-la, em 1972, já tinha alguns anos de vida. Mas, pelos vistos, consegui comprar mais tarde o primeiro volume encadernado. Foi caro: 150 escudos. E aqui está a capa do número um, que custava 5 escudos em 1968. Foi no Tintin que conheci Michel Vailland, Astérix, Lucky Luke e, mais tarde, Hugo Pratt e o seu extraordinário Corto Maltese...
O que eu não sabia, e verifico com surpresa na ficha desta primeira edição, é que o chefe de redacção do Tintin, nestes anos de 68, era Dinis Machado, o homem de “O Que Diz Molero”. Agora até fiquei baralhado...
Não conhecia nem sabia da existência de anuncios da marca Smirnoff protagonizados por Woody Allen. Tropecei nesta página algures num site sobre publicidade e perdi o rasto à origem. Mas é deliciosa a ideia, a imagem do realizador, e a associação que rapidamente fazemos entre o que nos transmite a figura de Woody Allen e o que pode provocar um vodka num ambiente social. Nada mais a dizer: "come out of your shell"...
Lembrei-me desta revista, que a BBC criou para extender a sua marca nos anos 30 do século passado (vejam como a BBC estava à frente em matéria de sinergias e marketing...) , porque por estes dias, com a estreia do programa que assino com o João Gobern na Antena 1, Hotel Babilónia, vivi de novo um sentimento que há muito tempo não sabia o que era: os dias da rádio. Os dias, na verdade, podem nem ser da rádio, mas estes têm sido dias da rádio para nós. E isso conta. E aqui fica uma capa de 1937 da Radio Times, quando George VI foi coroado e a rádio brilhou no relato do evento...